sexta-feira, 22 de junho de 2007

O Sim que afinal não deixa de ser um Não...

No passado dia 11 de Fevereiro de 2007 houve o referendo da despenalização do Aborto, onde o sim ganhou... Epá grande vitória. Diziam as pessoas. Passados alguns meses ainda não foi homolgada a lei e por este caminho ficaremos na mesma, ora vejam:
A Ordem dos Médicos chumbou a hipótese de existir uma entidade que controlasse os médicos obstectras que assinaram a objecção de consciência, quer num estabelecimento privado quer no público. Preferindo que cada estabelecimento fizesse esse mesmo controlo. É óbvio que muitos médicos assinam a objecção de consciência no público e não o farão no privado. Posto isto, verificamos que vai haver um ou dois médicos que farão interrupções voluntárias da gravidez no público, havendo milhares de mulheres "pobres" em lista de espera. Que terão duas hipóteses, ou continuarão a fazer abortos "na rua", sem cuidados médicos. Ou então, passarão as dez semanas e estarão a cometer um crime, pois a lei estará na interrupção até às 10 semanas. Como facilmente vamos, só as pessoas com algumas posses poderão fazer a interrupção.
Em relação às que conseguem fazer a interrupção num estabelecimento público, soube hoje que o Ministro da Saúde Correia de Campos referiu que as grávidas que quiseram fazer um aborto não vão pagar taxas moderadoras... Não concordo com esta medida, pois se a saúde é tendêncialmente gratuita, deverá ser para todos, pois aqui vem o principio de igualdade e não me pronuncio em questões filosóficas da questão.
Por tudo isto, verifico que o referendo foi precipitado. Deveríamos ter primeiro feito as paredes para depois construir o telhado, ou seja, deveríamos primeiro apostar muito mais na educação, pois é a base do desenvolvimento, nas escolas, formação nos locais de trabalho,etc. O governo deveria aumentar o Abono Familiar e diminuir o imposto sobre os materiais e equipamentos de 1ª necessidade. Deveria de existir, obrigatoriamente um departamento de psiquiatria ou saúde mental, em cada unidade de saúde para acompanhar as jovens e as menos jovens, as grávidas e não grávidas. E devias de apostar fortemente no planeamento familiar... Por tudo isto, dou razão ao apedrejado Marcelo Rebelo de Sousa: "Assim não!"

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